O número de animais abandonados cresce de forma exponencial e descontrolada, não há hoje um número preciso que possa nos dar ideia dessa desastrosa situação, mas é visível esse crescimento, basta observar a quantidade de animais que vagam pelas ruas diariamente, a maioria deles em péssimas condições de saúde, desnutridos e alguns com aparência de doenças graves e até zoonóticas.
A predominância de espécies abandonadas é de cães e gatos, mas em breve teremos outros desafios, diante do interesse de algumas pessoas em criar, muitas vezes, de forma clandestina, animais silvestres como cobras, répteis e até animais como coelhos que se reproduzem muito rapidamente e em grande quantidade, logo, não demora a se apresentar nas cidades um cenário mais trágico ainda para estes animais e para nós, uma vez que, o descontrole populacional dessas espécies pode trazer sérios riscos à saúde pública.
A questão perpassa por muitas variáveis, uma delas é recorrente e está ligada diretamente à tutela não responsável desses animais. Em algum momento, provavelmente, estes seres pertenceram a alguma família, que decidiu pelos mais variados motivos, livra-se deles, os deixando em ruas, estradas, em lugares distantes de suas residências, para que os mesmos não conseguissem retornar a seus antigos lares.
Estes indivíduos quando sobrevivem, ampliam ainda mais o número de vagantes, gerando proles de forma descontrolada agravando ainda mais esta desastrosa, sensível e triste situação.
Outras questões alargam o problema, os animais abandonados e os que já nasceram nas ruas, que nunca passaram por um lar, fomentam o caos, são animais certamente não castrados, não vacinados e que perpetuam esse ciclo interminável de descontrole populacional, o que se transforma em um grande problema de saúde pública, com a propagação de doenças entre as espécies e de zoonoses, que são as doenças transmitidas dos animais para os humanos.
Uma questão relevante a se discutir sobre o tema e que contribui para um resultado negativo sobre este problema é que não existem políticas públicas unificadas, claras e efetivas destinadas ao controle, cuidado, bem estar e proteção destes animais. Não há legislação eficiente e nem ações que permitam tratar o problema de forma adequada e padronizada. Cada cidade, cada estado têm suas próprias diretrizes e condutas, o que se transforma em um desafio para os gestores públicos, no desenvolvimento de ações que permitam cuidar do tema.
As condutas no que se refere ao trato dos animais deveriam ter unidade, ser baseadas em experiências e fundamentadas em leis e regras que pudessem nortear as ações de governos e entidades, sem falar em uma questão fundamental, seria preciso ter verbas asseguradas e destinadas a tratar especificamente a pauta, de forma que fosse possível planejar mudanças e soluções eficazes que atendessem plenamente o bem estar animal e a manutenção da saúde pública.
No que se refere à legislação, no momento, temos algumas poucas leis que se referem basicamente a maus tratos, abandono, eutanásia e algumas outras questões básicas, enfim, pontos importantes, mas que não suficientes para tratar com a devida importância a situação, não cuidamos de forma assertiva sobre este assunto, sequer se consegue colocar em prática as leis existentes, ou seja, temos um grande desafio pela frente.
Num esforço conjunto, precisamos enxergar a responsabilidade, a proteção e o cuidado com os animais, também como uma necessidade de sobrevivência e proteção da saúde de toda a sociedade, para isso todos precisam fazer sua parte.
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