Vimos há pouco tempo, situações completamente opostas no que se refere a comportamento de animais, uma situação em que cães da raça pitbull eram condicionados a entrar em uma arena para brigarem uns com os outros até a morte, submetidos a maus tratos extremos, já em outra situação um cão da mesma raça atacou um menino na rua, felizmente salvo por um vizinho que passava e resolveu se arriscar para salvar o menino, mas recentemente um menino de nove anos foi morto ao entrar em uma área privada e ser atacado por cães que viviam em um terreno em SP, dessa vez, segundo o site do G1 São Paulo, quatro vira-latas, um pittbull e um rotweiller, todos de grande porte, infelizmente essa história não teve um final feliz e espera-se que neste caso, cada um dentro de seu papel seja responsabilizado.
Sem entrar muito nos desfeches dessas histórias ou em detalhes que já são conhecidos, o que vemos em comum é que em todos os casos, a forma como foram criados esses animais devem ter sido determinantes para o comportamento agressivo, isso é completa interferência e responsabilidade humana, os que atacaram os dois meninos, assim como os que eram condicionados a brigar até a morte em arena.
Entendo a origem do Pitbull
A Médica veterinária Dra. Suzana Spínola nos ajuda a entender a origem do protagonista desses casos, o “Pitbull”, ela explica que “Segundo a categorização da raça pela ALKC (America Latina Kennel Clube), o American Pit Bull Terrier, como é o nome correto da mesma, é de comportamento carinhoso, leal e inteligente. Muito ativo e enérgico exige exercícios diários. Realmente tudo aí se encaixa perfeitamente na raça, que originou-se no século XIX por cruzamentos entre Bulldogues e Terriers na Inglaterra, Irlanda e Escócia para depois migrarem para os Estados Unidos e América Latina. A ALKC alerta que pelo fato de sua maioria apresentar certo nível de agressividade com outros cães é necessário que seus tutores o sociabilizem cuidadosamente e que seja treinada a obediência” (www.alkc.org.br/american-pitbull-terrier). “Aí reforçamos a necessidade da posse responsável a qualquer animal de estimação, pois é uma vida que está sob a tutela do homem e que por fidelidade segue aos comandos lhes dados pelo mesmo”, diz a Dra Suzana Spínola
Os pitbulls são demonizados há muito tempo, só que sua natureza não é originalmente de agressão, eles são protetores, mas se criados sendo estimulados pela violência se tornam potencialmente mortais, ou seja, o que os define é a forma de como são criados, assim como todo e qualquer animal, a influência dos humanos que os cercam darão sempre o tom de seu comportamento, de um pincher, um vira latas, um lulu da pomerânia a um rottweiler, qualquer animal pode ser o mais amoroso ou o mais violento ser, só vai depender de como é tratado ou ensinado, então atenção, cuidado ao escolher seu companheiro, certifique-se de que ele cabe em sua vida, avalie se tem tempo, paciência, faça uma análise de sua própria personalidade e do que você espera desse seu companheiro animal, ele refletirá quem você é.
O que precisamos é aprender a nos tornar responsáveis por nossos atos, nós temos a capacidade de decidir, porque somos dotados de razão, somos racionais, já os animais não, eles agem apenas por instinto, agem para defender seu território, de um jeito primitivo, reagem a agressão do mesmo modo, se agredidos irão agredir, se entenderem que estão sob ameaça iram atacar, mas se recebem amor serão igualmente amorosos, então sejamos mais atentos a nosso comportamento, porque os animais apenas espelham o que somos.
Claudia Pereira
Idealizadora e Diretora Petshopshow
