Esporotricose: você sabe o que é e o que fazer caso seu pet seja infectado?

Salvador e muitas outras cidades país afora vivem hoje um surto de transmissão de esporotricose felina, que também pode ser transmitido aos humanos e outras espécies. Uma situação grave, face ao descontrole populacional de animais em situação de rua e de muitos felinos que, apesar de serem tutelados ou agregados a algumas famílias, vivem soltos, indo e vindo da rua para casa, o que coloca esses animais e toda população em risco.

Entendendo a doença

A esporotricose é uma doença grave de origem fúngica causada pelo fungo Sporothrix sp e também pode ser causada pelos fungos S. brasiliensis e S. schenckii, presentes na natureza, estes fungos são comumente encontrados no solo, em jardins, palhas, madeira, espinhos e vegetais, logo, não se trata de culpar felinos por sua origem, eles  são transmissores quando infectados pelo fungo e nessa condição se tornam vítimas que precisam de cuidado e tratamento quando contaminados e doentes.

A doença é altamente contagiosa, quando em estado avançado manifesta-se em lesões ulceradas espalhadas pela pele, face, além de cursar com tosse acompanhada da presença de catarro, secreção em nariz, orelhas, prostração evidente e em casos bem graves, pode evoluir com comprometimento de pulmões, fígado, ossos e articulações, se tornando um caos generalizado ao organismo do animal afetado. Os felinos podem, ainda, desenvolver nódulos em tecido subcutâneo.

O contágio

A doença pode ser transmitida a diferentes espécies, incluindo aos humanos que tiverem contato direto com o animal infectado ao tocar as áreas expostas de infecção sem proteção, portanto é importante para o manuseio do animal, que o cuidador esteja usando luvas descartáveis e que seja feita constantemente, uma boa desinfecção do local onde o animal doente estiver acomodado.

O animal deve ficar em local isolado, fresco, mantido de maneira confortável, uma vez que a doença por si só já lhe causa um imenso mal estar e muitas dores. Lembre-se, o animal já está sofrendo, não o faça sofrer mais ainda.

Para se recuperar ele precisa de cuidados, boa alimentação, medicação continuada em horário regular conforme prescrição médica, complemento alimentar orientando pelo médico veterinário, paciência de seu cuidador e muito carinho, mesmo à distância.

Evite tocá-lo sem proteção nas áreas afetadas durante o processo de tratamento. Você pode sim acariciá-lo, mas com o devido cuidado, use luvas descartáveis sempre e se lembrando de fazer uma boa higiene das mãos depois do manuseio do animal.

Tratamento

É importante que se saiba que tanto em animais, quanto em humanos há tratamento para a enfermidade, importante é que seja iniciado o mais rápido possível, antes que a doença se torne sistêmica.

Apenas médicos, quando em humanos e médicos veterinários quando em animais, podem tratar a doença, só estes profissionais estão preparados para prescrever medicação, complemento alimentar da forma correta e fazer orientações específicas dos cuidados a serem tomados.

Como buscar ajuda através do Centro de Controle de Zoonoses – CCZ

O fato de ser possível a transmissão da esporotricose aos humanos classifica a doença como uma zoonose, portanto os casos confirmados e os suspeitos devem ser comunicados imediatamente ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) local.

Aqui em Salvador, o contato deve ser feito inicialmente através do 156, para informar a suspeita e em caso de dúvidas entrar em contato com o número: (71) 3611-7331, o Órgão está preparado para atuar nesses casos, envia equipe ao local para atender ao chamado e a comunidade no entorno de onde foi identificada a transmissão.

No caso dos animais, quando comprovado e comunicado ao Centro de Controle de Zoonoses, são fornecidas ao tutor ou cuidador do pet, orientações e medicações para tratamento do animal, mediante disponibilidade do medicamento em estoque.

Caso seja em humanos, o tratamento pode ser feito com acompanhamento médico através do Sistema Único de Saúde, os técnicos do CCZ, fazem a orientação.

Caso você seja de outra cidade, você também deve procurar o Centro de Controle de Zoonoses local. O processo de cada cidade pode ser diferente, mas o caminho inicial para orientação de como proceder provavelmente deve ser o mesmo, as providências que cada cidade deve tomar, segue o que a gestão pública local determina. Não há padronização de formato de atendimento nestes casos, pelo menos no momento.

Cuidados que podem conter o avanço da doença

1 – Proteja seu pet, não o deixe sair para a rua, assim você o protege e resguarda a si mesmo, sua família, vizinhos e seus amigos;

2 – Se o seu animal apresenta os sintomas já citados: feridas na pele, tosse com catarro, nódulos na pele, prostração, apatia, não quer se alimentar, ele pode já estar contaminado, procure imediatamente um médico veterinário e entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, eles farão o registro, encaminhamento de procedimentos e podem fornecer as medicações necessárias para o tratamento;

3 – Se você teve contato com algum animal contaminado e estiver com alguma lesão na pele, não espere a piora, procure suporte médico.

Não se esqueça de que o animal não tem culpa de estar doente, cuide, caso ele se contamine, tomando as devidas precauções, mas não o desampare. Evite que seu pet saia para rua, assim você evita a propagação desta doença e de tantas outras que podem afetá-lo nessas saídas. Cuidar é sempre a melhor opção é a melhor forma de amar.

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