É mais comum do que você pensa, cães com os mais variados problemas comportamentais e em diferentes níveis. Às vezes são situações que trazem desgaste para toda família e também ao pet. É o animal que aparentemente é muito agressivo, ou muito inquieto, cães que não conseguem aprender onde fazer suas necessidades, ou por vezes, um animal que não consegue interagir com seus tutores e nem com outros cachorros, enfim são muitas as questões que podem levar a uma convivência desafiadora.
A primeira coisa a se fazer é tentar entender que motivos levam seu cão a ter dificuldade de se relacionar com a sua família humana ou até com outros animais. Se seu cão foi adotado é possível que ele tenha tido alguma experiência traumática que o deixou assim, então a primeira coisa para você fazer: Paciência! Tente entender os motivos para trabalhar na direção certa. Outra coisa importante a ser avaliada; como você se comporta diante de seu cachorro? Você é estressado? É agressivo? Inquieto? Nervoso talvez, triste? Sua natureza reflete na dele, então analise a si mesmo.
Outra situação importante a se pensar, seu cão sempre foi assim? Ou esta momentaneamente se comportando diferente? Porque se for algo pontual, ele pode estar doente, sentindo algo e tenta chamar a sua atenção com mudança de comportamento ou reações que anteriormente ele não tinha, então verifique se não é o caso de levá-lo a um veterinário.
Agora, se nada disso se aplica, vamos a possibilidades de solucionar ou minimizar esses desafios.
Quando, por mais amor que se tenha, não conseguimos ajudar a melhorar o comportamento de nosso pet, vale a pena buscar um bom profissional que possa orientar e colocar as coisas nos trilhos. Ele poderá fazer um diagnóstico junto com você e traçar estratégias para tornar a convivência de vocês bem mais saudável e harmoniosa. Outra motivação pode ser o fato de você querer apenas, tornar mais fácil o aprendizado cotidiano de seu animal, um profissional pode mesmo ser a solução.
Então, conversamos com um profissional para ajudar com alguns esclarecimentos, para lhe dar um norte sobre uma solução que seria o adestramento:
De acordo com Uoston Silva, adestrador há mais de trinta anos, “Antes do cãozinho entrar na casa dos novos tutores o adestramento já deve começar”.
Ele afirma que: “O adestramento mudou nos últimos anos, assim como outros segmentos, antigamente o adestramento se resumia a ensinar comandos de obediência, andar junto sem puxar a guia, sentar, deitar e ficar. Hoje, entende-se que os comandos de obediência são apenas uma parte do adestramento.
As necessidades de aprendizado começam já ao chegar em casa. Mesmo que seja filhote, o cão apresentará vários comportamentos que são naturais, mas que a família deverá estar preparada.
Na primeira noite, o filhote tende a chorar muito, ele também já vai chegar na casa fazendo as necessidades fisiológicas, por isso é necessário que os tutores aprendam antecipadamente a gerenciar essas questões para que o cãozinho as faça no lugar correto. Ele terá necessidade de roer, é uma tendência natural dele, roer objetos, sapatos, quina de parede, portas, os pés de mesas e cadeiras. Daí a importância da família saber como gerenciar essas questões e outras situações que certamente surgirão com o tempo.
Outra coisa que mudou no adestramento é que antes se treinava apenas o cão, hoje é necessário que os tutores aprendam a conduzir a educação do seu cão por toda a sua vida.
Assim como acontece com os seres humanos, que mudam com o passar do tempo, os cães, quando se tornam adolescentes mudam de comportamento e continuam mudando enquanto adultos e, ainda, quando entram na terceira idade, assim como nós mudamos a todo tempo. Por conta disso, os tutores precisarão aprender como conduzir a educação e o adestramento do seu cão por toda sua vida.
Quem deseja adquirir um cão deve antes procurar um adestrador experiente para ajudar na escolha do novo cão da família. Seja um cão de raça seja um cão sem raça definida SRD. Ter a ajuda de um adestrador experiente é essencial para o sucesso e harmonia do cão com a família”. (Uoston Silva – Adestrador e Instrutor na matéria de obediência e comportamento durante o curso de formação dos adestradores militares da Polícia do Exército, da PM, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiro de Salvador e Palestrante)
Algumas dicas importantes ainda:
- O ideal é começar o adestramento o quanto antes, antes dos dois anos, mas a qualquer tempo, em caso de necessidade, mudança de comportamento ou novas adaptações, ele pode ser feito;
- Reforços positivos ajudam em muito na educação e treinamento de seu cão, elogios, carinhos, recompensas como petiscos são bem-vindos;
- Nunca bata em seu animal, além de poder ser enquadrado na “Lei de maus tratos – Lei 9.605”, por ser crime, não é com agressão que ele vai aprender, às vezes é necessário contenção, mas violência só vai torná-lo ainda mais violento;
- A chave do bom treinamento é a repetição, dessa forma ele fixa o aprendizado, mas evite treinos muito longos;
- Para um bom cão de guarda, que geralmente é um cão de grande porte, é essencial o acompanhamento de um profissional especializado, só ele poderá ensinar na medida certa, a proteção, segurança e força com comandos específicos, controlados e eficientes.
Esperamos ter ajudado com essas dicas e orientações a cerca do adestramento. Cuide bem de seu cão, ele é um amigo fiel, parceiro, protetor e pode ser muito amoroso só vai depender de como você o trata e cuida dele. Lembre-se: ele é um reflexo seu, olhe bem para ele e você verá que mensagem você transmite ao mundo e as pessoas que o cercam.
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