É cada vez maior o drama do abandono de animais nesta época de fim de ano e as dificuldades em que vivem os abrigos e protetores de animais, um número que não para de crescer de animais que são abandonados todos os dias em frente a abrigos, por cima de seus muros, em estradas, em vias públicas, em frente a casas, amarrados em postes, ou qualquer coisa que os empeçam de tentar retornar a seus lares, são cenas, quando presenciadas, de cortar o coração dos verdadeiros humanos.
Principalmente nas épocas de final de ano, de férias, esse número tende a aumentar consideravelmente. Seus responsáveis alegam não ter onde deixar seus bichinhos os abandonando a própria sorte, outro motivo apontado é quando seus responsáveis se mudam, com a desculpa de que em sua nova casa, não é permitido animais, ou que não há espaço para seus pets, desculpas não faltam, mas o resultado é sempre o mesmo, um animal que fica sem entender o porquê de seu abandono e que fica ao relento, com fome, sem cuidados e mesmo sem culpa de nada, condenado ao abandono de sua própria família.
No caso dos abrigos, torna-se uma situação de difícil solução, os abrigos estão superlotados, já em dificuldade de cuidar de seus altos números de animais órfãos, recebem até atirados por cima de seus muros, essas vítimas do abandono, como se fossem objetos arremessados de qualquer jeito, os abrigos acabam acolhendo, tratando e travando uma grande batalha para tentar conseguir adoção para seus protegidos, Segundo, Maria Cristina Santos, Presidente do Abrigo Animais Aumigos – AAA, nesta época, aumenta muito o número de animais abandonados nos abrigos, alguns tutores chegam com a desculpa de que “é só pelo período de férias, outros são deixados com seus materiais de uso pessoais, outros são jogados pelos portões, já tivemos caso de o tutor passar o animal por uma abertura do portão, o animal ficou todo aberto em ferida”, diz a Presidente, ela ainda afirma que em linhas gerais, os animais chegam em bom estado, bem cuidados, alguns idosos, portadores de doenças crônicas, esses tem mais dificuldade para serem adotados, mas eles sempre chegam com um olhar de “surpresa”, acreditando que nada do que esta acontecendo seja real, não comem, não interagem, com olhares sempre voltados para a porta e tendem a ficar deprimidos por um longo tempo, muitos deles nem se recuperam de tanta tristeza, com sorte, alguns conseguem adoção e recebendo amor e atenção, se recuperam e conseguem tornar-se membro de uma nova família, mas a probabilidade de adoção entre esses animais é de que a cada 100 (cem) animais, apenas 24 (vinte e quatro) consigam ser adotados, afirma a Presidente. O abrigo se posiciona com muita tristeza sobre essa tendência e afirma: “Nós da Associação @abrigoanimaisaumigos, temos consciência do abandono animal nessas épocas, infelizmente essa realidade cruel torna-se cada ano mais grave, mais comum, o número aumentou muito, idosos são os que mais sofrem.”
Que sentimentos nobres, tão exaltados nesta época de festividades natalina como a bondade, a caridade, a humanização, sejam capazes de ativar em cada um, o senso de responsabilidade também. Animais não são coisas, eles sentem, sofrem, ficam felizes, tristes, sentem dor mas principalmente amor. Seria bom que os tutores de animais, lembrem-se disso antes de um ato tão desumano, o abandono é um ato da mais profunda covardia, essa capacidade em desligar-se do outro não é comumente vista no meio animal, apenas os humanos desenvolveram esse comportamento, o de seguir em frente e deixar para trás aqueles que um dia fizeram parte de sua história, mas que em algum momento, decidem já não serem mais “úteis”.
Que este seja um período de responsabilidade em nossos compromissos, compaixão e amor para todos, sem exceção, incluindo nossos amores de quatro patas, quanto aos que tem asas, que eles possam sempre voar livremente, como convém à sua natureza.
Julia Oliveira e Claudia Pereira
Idealizadoras do Canal Petshopshow.com.br
@petshopshowoficial