Indiferentes? Esqueça esse e outros mitos sobre os gatos e embarque no verdadeiro universo dos felinos

Quem nunca ouviu, ao menos uma vez na vida, alguém afirmar com toda certeza que os gatos são indiferentes e distantes? Ou ainda: quantas vezes você escutou que os felinos e se apegam, na verdade, a casa onde vivem e não aos seus donos? E tem mais: quem nunca ouviu que gato preto dá azar? A veterinária e presidente da Comissão de Ética, Bioética e Bem Estar Animal do Conselho de Medicina Veterinária da Bahia, Ilka Gonçalves, tem a resposta para todos esses estigmas: “Pensa assim quem nunca teve um gato”.

Mas contrariando tais preconceitos, o interesse pela adoção de gatos cresceu no Brasil nos últimos cinco anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Pet Brasil. A procura pelos felinos foi maior do que a dos aos outros animais de estimação, com aumento de 8,1% de 2013 a 2018, de acordo com o Instituto.

O resultado do levantamento não é reflexo do sucesso que os bichanos fazem na internet. Os felinos conquistam cada vez mais espaço nos lares brasileiros justamente pela mesma característica que desagrada muita gente e se confunde com frieza: a independência deles. Os gatos demandam menos trabalhos dos tutores porque são menos carentes do que os cachorros.

Mas o fato de terem mais autonomia do que os cachorros não significa que os felinos são poucos sociáveis ou indiferentes. Ao contrário do que muita gente ainda pensa, os gatos são muito carinhosos, companheiros, carinhosos e atenciosos, afirma a veterinária Mariana Albuquerque. “O problema é achar que eles devem se comportar igual ao cachorro, mas é preciso entender que são animais diferentes”, destaca a especialista.

A personalidade independente dos gatos também leva muita gente a acreditar que eles gostam apenas da casa e não dos seus donos. Tal crença, difundida por pessoas que nunca conviveram com felinos, não corresponde nem um pouco à realidade de quem tem um bichano em casa, afirma a veterinária Mariana Albuquerque. A rotina da administradora Patrícia Andrade, de 39 anos, é um exemplo, entre tantos outros, de que os felinos se importam e cultivam os laços com os humanos.

Antes da adoção de Chico, há 5 anos, Rejane morava sozinha, mas hoje não sabe mais o que é estar desacompanhada. “Ele está sempre comigo e, quando preciso viajar a trabalho, ele fica mais grudado ainda quando retorno para casa”, conta. Outro que não sabe o que é passar um dia sem a atenção da sua gata é o funcionário público Leonardo Santos, de 43 anos.

Quando o servidor está em casa, Tita, sua gatinha mais nova, faz tanta questão da companhia dele que ganhou o apelido de “louca obsessão”. “Ela dorme comigo, me segue pela casa e ainda demonstra ciúme quando estou com Mila, que é a irmã mais velha dela”.  Mila chegou na vida do funcionário público há dez anos e, Tita há seis, e nesse tempo, Leonardo Santos não tem do que se queixar do comportamento de nenhuma delas. “As duas são super dóceis e carinhosas”.


Kleyzer Seixas Guedes
Jornalista

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