Quando se fala em criar gatos, há muita controvérsia quanto a várias questões, mas uma das mais recorrentes e que geram dúvidas e discussões, se refere ao fato de deixar ou não o gato passear, ir e voltar da casa como se fosse um turista habitué.
Há os que argumentam que gatos devem ser livres, devem ficar soltos e outros que defendem não deixar o gato ir para rua, por medo, zelo e cuidado. Então vamos a algumas ponderações:
Como os gatos passaram a conviver com humanos
Os gatos por natureza são independentes sim, preservam instinto de caça, originalmente eles foram trazidos para o convívio humano exatamente por ser útil ao homem na caça aos roedores comuns em plantações.
Nesse tempo de convívio foram domesticados, aprenderam a conviver com humanos e parecem ter gostado. Para nós humanos, a beleza encantadora e sedutora dos gatos tornou difícil resistir à vontade de conviver com esses lindos e misteriosos seres.
Tornaram-se cada vez mais presentes, desenvolvendo uma relação muito estreita com os humanos. Hoje, o número de gatos em residências, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia – IBGE (2018), já passa de 23 milhões, com tendência a aumentar cada vez mais esse número, logo, a convivência com gatos é uma realidade que só tenderá a crescer.
Entendendo como eles vieram parar em nossas vidas, vamos a alguns pontos:
Baseado na essência livre por natureza dos gatos é que alguns defendem a sua liberdade de ir e vir, mas essa não é a forma ideal de ver a questão, o que precisamos avaliar é o quanto nós evoluímos? Porque seria maravilhoso poder deixar o seu gato, poder ir e vir à vontade, mas a que riscos eles ficam expostos com essa decisão? E é disso que se trata. Você já se perguntou o que algum outro humano pode fazer com ele em sua ausência?
Os riscos a que os gatos estão expostos soltos nas ruas
Trata-se efetivamente do risco do animal ser envenenado, sofrer violência, ser atropelado, de ser perder, de brigar com outros animais, de se contaminar com doenças terríveis, algumas delas silenciosas que podem ser transmissíveis a humanos, mas que só serão descobertas muito depois e você nem saberá como foi o contágio, como o caso da esporotricose, ou outras doenças graves que trazem consequências sofridas para o animal, como FIV, FELV, panleucopenia felina, além disso, a probabilidade de cruzas indiscriminadas, o que contribui para aumentar a população de gatos abandonados. Avaliando com lucidez essa última situação, já pensou que você que deixa seu gato sair por ai a vontade achando graça e defendendo essa cruza é também responsável pelo aumento de animais em situação de rua?
O comportamento e diferença entre gatos adotados vindos da rua e os que nasceram em lares humanos em relação a escapadas rotineiras
Claro que se os gatos estavam acostumados às ruas, nunca antes tiveram um lar irão gostar mais de passeios, de se aventurar fora de casa, mas se já nasceram num lar com humanos provavelmente vão preferir ficar no canto deles. Os que nasceram em lares com humanos, nas ruas terão dificuldades, ficarão mais vulneráveis, com menos chances de se defenderem, mas por instinto, os machos, se não forem castrados, assim como os que vieram das ruas, vão sentir o estimulo de buscar fêmeas, e as fêmeas em cio, quando não castradas irão pelo instinto de reproduzir buscarem o gato macho, por isso a importância da castração.
Não importa se por instinto, se por hábito, ou por travessura, os felinos tendem a querer dar umas escapulidas. O problema não são os gatos, somos nós, enquanto não evoluirmos e aprendermos a não maltratar, não envenenar, não dar pauladas, não será seguro deixá-los passear. A solução é que os tutores protejam seus animais, telem a casa para que eles não saiam, não se percam e lhes tragam sofrimento, evitem dor para a família e para o animal. O arrependimento de tê-lo deixado desprotegido pode lhe assombrar por muito tempo.
PetShopShow