Você sabe quando deve procurar ajuda especializada para seu pet?

É muito comum tutores acharem que seus animais de estimação só precisam de vacinas e de consultas médicas, quando já estão muito sintomáticos e muitas vezes muito graves, às vezes chegam ao veterinário tão tarde, que já não há mais nada que se possa fazer. Então, entenda o que é recomendado.

Nossa sugestão é de que antes de você escolher seu pet, aquele que você quer agregar à sua vida, você deve pensar e planejar bem como vai cuidar dele, planejamento de tempo, cuidados, despesas, tudo deve ser pensado. É recomendável inicialmente, que assim que você o tiver sob sua tutela, você o leve a um veterinário, para uma visita clinica de rotina. Durante a consulta esclareça suas dúvidas e não tenha vergonha de perguntar sobre tudo, sobre banhos, alimentação, vacinação, castração, enfim, tudo deve ser esclarecido.

Pergunte também quando deve ser a próxima consulta, o veterinário lhe orientará quando deverá ser apropriado um retorno para nova visita de acompanhamento. Sim, acompanhamento, sabe por quê? Porque assim como nós humanos, os animais precisam de monitoramento para ter uma saúde plena. É bem melhor manter a prevenção do que ter que ir a uma urgência, pois além de mais arriscado chegar a esse ponto, pode ser bem mais caro, caso seu pet não tenha também um plano de saúde.

Agora de qualquer forma, como a vida nem sempre segue a rota que traçamos, eventualmente, seu pet pode, assim como nós, ficar doente, mesmo com todos os cuidados, então entenda alguns exemplos de sintomas ou indícios de que seu animal de estimação precisa de ajuda especializada.

De acordo com Dra. Suzana Cláudia Spínola dos Santos, Médica Veterinária da Diagnose Animal Clínica Veterinária, o que inicialmente serve como alerta é a mudança de comportamento. Se o animal que antes brincava, era sempre alerta, comia e bebia regularmente com normalidade, passa a mudar desde sutilmente a completamente são sinais de que algo não está bem. Se ele dorme demais, está selecionando demais o que come, brinca pouco e nem se interessa em passear, isso também não é normal, mesmo com as impressões de que ele está “ficando velho”, mas, se ele está idoso, maior motivo para se redobrarem os cuidados, pois aí é que podem ocorrer as dores por artroses, displasias, levando à apatia por causa da movimentação normal estimular as dores ósteoarticulares.

As mucosas são partes do corpo importantíssimas para darem alerta também. Se ficarem pálidas podem indicar anemia ou uma queda de pressão. Se ficarem de cor amarelada é porque está ocorrendo icterícia que traduz hemólise (destruição de células vermelhas sanguíneas) e disfunção hepática. Se ficarem muito vermelhas significa congestão e ocorre em processos infecciosos e tóxicos. Então olhar os olhos por debaixo das pálpebras e as gengivas dá uma indicação da saúde dele. O normal é estarem coradas indicando boa circulação sanguínea.

Não querer comer o que era habitual, ter vômitos, diarreia e fraqueza de forma súbita ocorrem quando algo não vai bem internamente e nessa situação é necessário que o tutor o leve ao veterinário para chegar a um diagnóstico e tratamento adequado.

Outra situação que também deve ser chamada à atenção é quanto ao padrão respiratório dos animais. Tosses, espirros, respiração encurtada, ofegante e ruidosa devem ser motivo de preocupação e ida ao veterinário, pois o animal pode estar com alguma alteração cardiológica ou respiratória e elas são condições emergenciais.

E por fim, o simples fato do animal ter tido acidentalmente ectoparasitas como o terrível carrapato é motivo de ficar atento a qualquer mudança corpórea e até mesmo sem ter tido nenhum sintoma, ele deve ir ao veterinário para pesquisar se foi contaminado e desenvolvido alguma doença transmitida por carrapatos. Em nosso meio essas doenças são muito frequentes e se tratadas precocemente, as chances de sucesso no tratamento são ótimas e quando o tratamento é tardio essas chances caem.

Em casos específicos como doenças renais, a Dra Janete Ataíde, médica veterinária, especialista em nefrologia, da clinica Renal Veterinária, afirma que os pacientes cães e gatos podem apresentar sinais clínicos de forma muitas vezes imperceptíveis, as primeiras queixas são de que o pet urina e bebe água em excesso, apresenta perda de peso, hálito forte (urético), apatia, prostração, vômitos, caquexia, tremores e diarreia, isso nos casos mais graves. Esse paciente deve ser imediatamente levado a um nefrologista, para que ele não chegue a uma insuficiência renal grave crônica que pode chegar ser irreversível, caso esse atendimento não seja feito de forma rápida.

A confirmação da doença se dará por meios de exames específicos de imagem e alguns complementares para que seja identificado o grau e estágio da doença e só então poder ser feito o diagnóstico e a devida tomada de decisão para o tratamento. Já para o tratamento, algumas terapias podem dar uma qualidade de vida e longevidade ao paciente renal, dentre elas terapia conservadora, célula tronco, diálise peritoneal e hemodiálise.

Como podemos ver nossos pets precisam de atenção continuada, afinal é uma vida que integra nossa família e que requer cuidados como qualquer outro membro dela. Consultar um especialista é sempre a melhor opção.

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