O que preciso saber para levar meu pet em minhas viagens

Levar pets em viagens de férias, muitas vezes é um dilema para tutores que gostam de viajar. É necessário planejamento antecipado, preparo, além de outras questões a serem avaliadas. Vamos pontuar algumas delas para colaborar em sua decisão e apontar alguns caminhos:

É bom você saber que ainda não existe, nesta data, lei sancionada que trate o tema. Cada companhia que presta o serviço, dita suas próprias regras, oferecendo o transporte de animais a quem solicita adequando o serviço à realidade de cada uma destas empresas.

O que temos hoje é um projeto de Lei no Congresso nacional em tramitação que visa regulamentar a prática do transporte de cães e gatos de pequeno porte no território nacional nos meios aquático, viário e aéreo.

Dentre as regras estabelecidas nesta regulamentação em tramitação, o animal deve estar saudável, sua condição de saúde deve ser devidamente comprovada através de atestado médico veterinário, vacinado com apresentação de cartão de vacina atualizado, limpo, não deve apresentar risco de segurança ou conforto aos outros passageiros e deve permanecer durante todo o trajeto dentro de caixa de transporte apropriada. Veja mais informações sobre esta Lei em tramitação no site da Câmara dos deputados (Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/746398-projeto-regulamenta-o-transportes-de-caes-e-gatos-em-onibus-avioes-e-embarcacoes/)

Muitas destas regras já fazem parte das estabelecidas pelas empresas de transporte que já operam com esse serviço, mas a regulamentação é fundamental para que se possa cobrar compromisso destes prestadores de serviço, bem como, nortear tutores que devem atentar para direitos e também deveres de ambas as partes.

É importante que os animais tenham direitos previstos em legislação, isso daria neste caso especifico, mais tranquilidade aos tutores em poder levar seus pets em suas viagens, os animais até aqui ficam desprotegidos. Eventualmente ouvem-se relatos de tutores que tiveram pets extraviados, desaparecidos ou até em casos mais graves, situações de óbito de animais, não é comum, mas já aconteceram situações do tipo, amplamente noticiadas. Os animais precisam ser tratados como seres vivos, indivíduos com direitos, além de justo, isso trará mais transparência nas relações e principalmente proteção aos animais.

Diante das últimas ocorrências envolvendo algumas companhias aéreas, amplia-se um grande clamor da sociedade por leis que protejam mais concretamente os animais nos transportes aéreos. Por conta da reação a estes episódios, está em discussão no estado de São Paulo, uma lei batizada de Lei Pandora, que pretende regulamentar o transporte de animais domésticos em empresas aéreas que tenham sede ou filial no estado de São Paulo, visando o bem estar e proteção do animal durante o voo. Uma iniciativa importante e que dá resposta à forma como têm sido tratadas situações que colocam em risco a integridade física de animais de estimação durante estas viagens.

A forma como o transporte aéreo é feito

Em se tratando das práticas existentes entre as empresas, existem algumas diferenças de procedimentos entre uma companhia e outra e também no meio a ser utilizado de transporte, mas em linhas gerais as regras básicas são parecidas nos casos de transporte entre as empresas. É importante que você verifique as regras especificas da companhia que você escolheu. A seguir as exigências básicas em comum praticadas:

 

  • Certificado Sanitário emitido por um veterinário/Atestado de saúde emitido por um médico veterinário até 10 dias antes do seu voo;
  • Carteira de vacinação do animal, validada por médico veterinário (devem constar as vacinas múltipla e antirrábica válidas, além do tratamento anti-helmíntico). As vacinas devem ter sido aplicadas entre 30 (trinta) dias até 01 (hum) ano antes da data do voo, não sendo possível a comprovação, será necessária a vacinação do animal há pelo menos 30 dias antes do embarque;
  • Caixa de transporte adequada, seguindo as especificações estabelecidas pela companhia aérea que você escolheu, a caixa precisa ser bem ventilada, apropriada para o tamanho do animal, resistente e confortável. Imagine que não deve ser agradável para ele ficar num lugar estranho, numa situação tão fora de sua rotina, por isso é tão importante que ele esteja bem acomodado a fim de evitar estresse e reações que o pet pode ter e que podem, inclusive, incomodar outros passageiros. Nada de tentar dar um “jeitinho”, com caixas que estejam fora do padrão de especificação da companhia, se não estiver tudo de acordo com os padrões previamente estabelecidos de cada empresa você terá transtornos;
  • É muito importante fazer a reserva antecipadamente para seu pet, e ela precisa ser feita na compra da passagem, mesmo porque, existe custo para o embarque de pets e eles variam em cada empresa;
  • OBS: Lembre-se de levar mais de duas cópias (originais) dos documentos do seu pet, lembre-se do trecho de volta e de que uma via normalmente fica no aeroporto, então leve cópias extras. É sempre melhor prevenir.

Outras informações:

  • Coloque uma plaquinha de identificação com seus dados, em seu pet e também na caixa transportadora de um jeito que não possa ser arrancado, não esqueça telefone de contato, isso permite localização mais fácil de seu animal, além disso, pode ajudar a encontrá-lo mais facilmente em um caso extremo, onde ele se perca e durante o trajeto ou até durante seus passeios de férias. Mesmo já fora do aeroporto, mantenha a coleira com a plaquinha de identificação, mais segurança para ele e para você;
  • Animais com focinho achatado ou encurtado (raças braquicefálicas) não são aceitos em voos, eles costumam ter problemas com respiração, são algumas das raças, não aceitas: Bulldog, francês, Bulldog inglês, Shih tzu, Pequinês, Pug, Boxer, Boston terrier, Cavalier, King Charles Spaniel.

Informações específicas das principais companhias aéreas:

A seguir disponibilizamos os links para que você possa verificar as condições estabelecidas das três principais Companhias aéreas:

LATAM – https://www.latamairlines.com/br/pt/experiencia/prepare-sua-viagem/transporte-de-animais-de-estimacao

AZUL – https://www.voeazul.com.br/para-sua-viagem/informacoes-para-viajar/pet-na-cabine

GOL: https://www.voegol.com.br/servicos-gol/viajando-com-animais-de-estimacao

Preparando o pet para a viagem

Sugerimos que você adapte seu pet antes de colocá-lo em um avião, se possível, comece com viagens curtas e antes de embarcar nessa aventura, adapte o animal na caixa de transporte que ele vai usar durante a viagem, forre a caixa com o tapete higiênico igual ao que será usado no dia, depois comece a adaptação, faça isso com cuidado, aos poucos, estimulando o seu pet a entrar na caixa, no começo deixe a porta aberta, fique perto, brinque com o animal, coloque brinquedos dentro da caixa para ir se ambientando, coloque água, para que se acostume e durante a viagem consiga se hidratar, o mesmo vale para os alimentos, coloque também o pote de ração para ele se acostumar mais facilmente, repita o processo dias seguidos até o dia da viagem, isso fará toda a diferença.

Outra coisa importante, leve seu animal ao veterinário, até porque o atestado de saúde é condição para a viagem, coloque vacinas em dia, lembre-se que o animal precisa estar dentro da cobertura vacinal, então não deixe para o último momento tantas providências. Aproveite esclareça suas dúvidas, peça dicas e orientações ao veterinário para um melhor proveito da viagem e nada de sedar o animal por conta própria, muitas vezes isso pode acabar bem mal.

Viagens por via terrestre em ônibus

E agora vamos falar sobre viagens por via terrestre em ônibus. A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT determina regras muito parecidas com as de voo, são elas:

  • Certificado Sanitário emitido por um veterinário/Atestado de saúde emitido por um médico veterinário até 10 dias antes da viagem;
  • Carteira de vacinação do animal, validada por médico veterinário (devem constar as vacinas múltipla e antirrábica válidas, além do tratamento anti-helmíntico). As vacinas devem ter sido aplicadas entre 30 (trinta) dias até 01 (hum) ano antes da data da viagem, não sendo possível a comprovação, será necessária a vacinação do animal há pelo menos 30 dias antes do embarque;
  • Só são aceitos cães de pequeno porte, com intuito de proteger a segurança e conforto de todos os passageiros;

As empresas de ônibus, assim como as aéreas têm regras próprias, portanto é fundamental que você busque essas informações no ato da compra da passagem, algumas exigem caixa de transporte adequada, cobram taxas extras, dentre outras condições impostas pelas mesmas, então não deixe de fazer a consulta evitando transtornos no momento da viagem.

Foto: iStock by Getty Images – Ирина Мещерякова

Não se esqueça de identificar seu animal com placa de identificação presa em sua coleira. Faça também uma adaptação com ele para a viagem, avalie sua saúde, calcule o tempo de viagem, baseado nisso, pense em como vai alimentá-lo, hidratá-lo, leve comida e água suficientes, você pode não encontrar no caminho alimentação adequada para o pet, lembrar-se de como fará com as necessidades fisiológicas dele, leve tapete higiênico ou jornal, saquinhos higiênicos, leve também a caminha dele, cobertor e os brinquedos preferidos dele, tudo precisa ser pensado.

Agora, vamos falar sobre como funciona o transporte em cruzeiros marítimos

Num cruzeiro marítimo não é muito fácil levar pets, a maioria das empresas não permite por questões diversas, dentre elas, as normas rígidas na questão da higiene e segurança para manter o alto padrão de exigências do setor, além disso, os navios normalmente não dispõem de médicos veterinários para atendimento em casos de urgências. Há também de se considerar que as viagens em cruzeiros são longas, para um animal, além do desconforto que pode ser para ele, os riscos de mal estar são bem possíveis de acontecer.

Foto: iStock by Getty Images – Kerkez

Algumas companhias permitem que se levem animais de estimação e nesses casos oferecem estrutura para os pets fazendo exigências diversas, normalmente não podem ficar na cabine junto com o tutor, ficam em área específica, em canil com toda infra estrutura, não podem circular em áreas comuns. Já no caso dos cães guias, sua viagem é permitida e eles podem acompanhar o dono nos espaços comuns dentro da embarcação, mas nestas áreas, precisam estar o tempo todo em coleira ou com dispositivo de controle, a responsabilidade sobre os cães guias são de seus tutores, incluindo alimentação e cuidados gerais.

Nos casos em que são permitidos, os animais devem atender as exigências de documentação e comprovação de boa saúde e vacinação em dia do pet. A lista de documentos e condições é parecida com as dos meios anteriores, mas com variação ou acréscimo de alguns itens, veja a seguir:

  • A solicitação deve ser feita no ato da compra da passagem;
  • O animal dever portar um microchip:
  • Vacinas em dia e devidamente comprovadas;
  • Apresentar passaporte para animal de estimação (Pet Passaport);
  • Atestado de saúde do animal.

OBS: AS regras valem para qualquer que seja o animal a embarcar, tanto doméstico, quanto cão guia. Algumas companhias exigem ainda, a comprovação de que o animal é de fato um cão guia.

Não se esqueça de verificar junto à companhia as exigências particulares para que você leve o seu pet num cruzeiro marítimo. Pondere também o bem estar do animal, avalie seu comportamento, pense no tempo da viagem, possíveis imprevistos, leve cópias extras dos documentos dele, se for para outro país verifique as regras sanitárias locais, isso é muito importante, converse o médico veterinário que cuida de seu pet sobre cuidados, riscos, surpresas que podem ocorrer, lembre-se em alto mar há pouco o que fazer em determinadas situações, esteja preparado, decida com prudência e bom senso, sobre levar seu animal numa viagem como esta. Estando você ciente das possibilidades e decidido a levá-lo, tenha uma boa viagem.

Esperamos que você aproveite bem a leitura e informações, aprofunde-se no tema antes de fazer sua viagem, prepare-se, adapte seu animal, esteja ciente de que vai precisar usar tempo de sua viagem para cuidar dele, tenha atenção, mantenha-o com identificação o tempo inteiro nos passeios, durante a hospedagem e transporte, mesmo que seja para ir à esquina e aproveite as férias, o seu tempo e a vida.

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